Compra-se e vende-se Deus, que tipo você quer? Temos para todos os gostos, Deus de milagres, vingança, dinheiro, saúde, paixão e afins. Deus pra tudo e todos, nas maledicências e grosserias, nas luxúrias e lascívias, na boca do ímpio e atrás de um terno. Afinal, Deus, é o Deus que tudo faz, tudo dá, tudo opera e que tudo troca.
Ultimamente a troca é um comportamento passado de seres mortais a um ser divino e chega a ser irrelevante o modo e a estratégia utilizada, pois quando se trata de um intercâmbio ou uma troca, não existe uma certa regra, pois troca é simplesmente dar algo com fim de receber na mesma proporção ou maior. É essa a visão micro que o mundo atual tem, ver Deus como uma corrente de intercâmbios, uma fonte onde somente se vê o lucro, um mundo que se consome em consumir traz a opção de consumir Deus, porque Deus é consumo, se pensamos em Deus pensamos em prosperidade material, invulnerabilidade emocional, a um ponto de se considerarem inatingíveis até para o próprio Deus, que quanto mais se aproxima mais se distanciam na sua auto-suficiência, se tornando deuses de si mesmos, em uma sociedade pluralista se dividem em pequenos grupos de inumeráveis deuses. Pois para cada perfil se exige um deus diferente.

Enfim, nos tempos atuais as pessoas se preocupam consigo e com seus seres queridos, tendo Deus como um “vale benefício”, esquecendo assim seu verdadeiro próximo, aqueles que perecem nas ruas, carentes de tudo, esquecendo que Deus também se importa por eles. Para o mundo, a essência de Deus está em constante decadência, pois a cada dia que passa o verdadeiro conceito de Deus se distancia daqueles que pensam que O conhece. Já não sabem quem é o “Grande Eu sou”, já não se preocupam mais em perguntar quem e o que é Deus, conhecer Deus é um compromisso muito complexo que as pessoas evitam fazer, pois é mais fácil pedir sem conhecer verdadeiramente a fonte..