Se pensar fosse caro começaríamos a valorizar e deixaríamos de cometer erros fúteis.















sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Poema da dor (batizado por tata)

Minha infelicidade, minha agonia, minha noite escura.
Autora da minha incapacidade, minha melancolia, meu câncer sem cura.
Falsa esperança, sem nexo, sem sentido.
Dolorosa lembrança, em um momento complexo, meu coração fatalmente ferido.

Minha distorção, meu abismo, minha desestrutura
Sinônimo de confusão e cinismo, minha desventura
Meu pesadelo, minha insônia, meu punhal no coração
Minha alma se faz gelo, morre de vergonha, se entristece sem consolação.

O que já está feito não tem volta por isso minha alma aos poucos te solta
Tento minhas lágrimas deixar cair, mas somente minha raiva quer sair
E me consome minha revolta, e assim meus pensamentos fazem uma escolta
Para nunca mais te deixar entrar, pois os meus sentimentos conseguistes matar.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Quem?

Segue sempre sem sentido
Suave, saltitante, solando e cantarolando
Talvez uma canção, nada muito definido
Nada muito grave ou de se ficar lamentando

Continua ela e suas crises, indo e vindo
No balanço de um cotidiano conturbado
Onde tudo e todos parecem estar contribuindo
Com um final dramático e desesperado

Mas apesar de tudo, ela segue os passos dessa dança
Meio deslocada, frenética e despercebida
Crendo que ainda exista uma possível esperança
Separada de uma estética superficialmente desenvolvida

Ela custa se encontrar, talvez não permaneça a um só lugar
Ela não se assusta com o medo, por estar sempre envolvida em um enredo
Ela manipula as circunstâncias, favorecendo a um ciclo de eternas mudanças
Ela parece sempre instável, pois é tudo, e o tudo é improvável.