Se pensar fosse caro começaríamos a valorizar e deixaríamos de cometer erros fúteis.















sábado, 27 de novembro de 2010

Revoltas contra o mundo ( I )









Mundo cénico tão cínico
Vaga mundo mágico tão trágico
Classe média de um quase tédio
Cai-se a comédia de um alto prédio
Desenvolve ciência e com ela violência
Envolve aparência e sem ela a competência
Enlaço de corrente de aço
Embaraço, do que um dia foi um laço
Pena, a soma de quem condena
Lema, de quem vive em uma cena
Verdade, que para muitos está fora dessa presente idade
Realidade, que para todos deixou compressa à doente sociedade

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Náuseas em uma sociedade moribunda

Nas causas freqüentes da vida  observam-se o comportamento humano diante um âmbito social onde coabitam diferentes estilos de vida, cultura, tradição, personalidade e inúmeras outras diferenças; observam-se também as tantas diferenças onde podemos até dizer que existe sim, uma convivência com etnias singulares que cada indivíduo carrega, e cada um desses as aplica diariamente em um cotidiano qualquer.
Acidentes de percurso, como se o nosso dia-a-dia fosse uma longa viagem, onde aprenderíamos lidar com todos esses tipos de etnias singulares e a esquadrinhar até o mínimo detalhe e nos espantaríamos percebendo que apesar da distância, alcançar um ao outro não seria impossível, perceberíamos que o vulgar nunca deixou de ser vulgar, que as vistas tem vários pontos e os pontos procedem de argumentos, as vezes fatos ou quem sabe sonhos. Que o concreto é algo realmente sólido e que os provérbios populares e as expressões engenhosas provem de metáforas do nosso viver diário.
Que a pobreza não é um estado físico e nem financeiro e sim psíquico, é a nossa mente que desenvolve nosso ser, ou seja, nós mesmos que decidimos que seremos ou quem nos tornaremos, lendo livros de auto-ajuda recusando o contato direto com nosso próximo, sim nosso próximo, não aquele que comparte os mesmos ideais, mas sim aquele que provêm de uma etnia inteiramente distinta que para nós não passa de um “pobre coitado”
Discussões fúteis que substituem o certo pelo errado, o valor como característica secundária em uma sociedade doentia, em que o pluralismo nunca exerceu seu aspecto tão negativo como exerce em cada “grupinho” nos quais perderam a arte de viver e hoje inumam o próprio presente em um jardim sepulcral onde as flores são substituídas por coloridos anti-depressivos, e as tarjas pretas cultivam uma cultura em luto, a medicina pejorativa alimenta aos adictos em acalmar-se, obcecados pela paz de um sono mal praticado. Em decadência observa a sociedade sua silenciosa implosão e quase sem reação entrega-se em malevolência a uma leviana realidade em que as equações do desenvolvimento social e da vida nunca obterão resultados, ou seja: “Que solução escrota!”

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Educação ou Bondade




Educação é bondade, bondade é educação
Trato todos com igualdade ou com exclusão?
Preocupação é solidariedade ou uma mera expressão
Amo pelos olhos, mas pela nuca é mais uma tensão.

Educação é vontade, faz parte do padrão
Mato tolos com falsidade ou vivo uma ilusão?
Preservação da identidade que gera mais rejeição.
Tramo, para ser parte dessa aglomeração, onde minha educação passa por bondade
Mas minha bondade não passa de um simples vão.

O dia de hoje foi praticamente "a la grega" ou seja um dia ocioso, porem eu estava sentado com meu caro amigo "Aldous" (personificação grega) e caímos em um debate interessante, que explicarei através de uma breve história:
Estou de visita em uma casa prestes a ir dormir, chega o anfitrião e me oferece um copo de leite, eu recuso explicando que não tenho esse costume e logo ele me fala: "Eu só ofereci por educação."
Me pergunto: A educação (num contexto de amizade) se equivale a bondade ou a educação é só um padrão dentro do nosso sistema? Através de uma mini-pesquisa de campo descobri que muitos discordam e não acham conexão entre uma coisa ou outra, porem, não é por isso que o debate deixaria de expressar suas próprias palavras.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

CHUVA


Chuva.
Chuva que cai, chuva que chora
Nos cantos da vida e nas valas do coração.
Chuva que vem, e não demora
Molha os prantos e as malas dos que não tem consolação.
Chuva ácida, chuva sadia
Sob espantos se amparam os que não têm esperança.
Chuva que acaba com a alegria
Dos santos rueiros em mais uma mudança.
Chove chuva chula, chicoteia os que choram sem chalé, charque, chão.



*O dia de hoje me lembra as "vistas grossas" que já fiz nas ruas em que percorri, ignorando a verdade, que até a própria sociedade se faz cega. Talvez um texto ou outro não irá mudar nada, porém palavras podem tornar-se idéias, idéias em atitudes, atitudes em mudanças e assim sucessivamente.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Síntese de um princípio

Tenho plena convicção que serei mais um neste imenso mundo de bloggeros a expressar ideais, sentimentos, verdades e mentiras através de palavras.
Ao contrário de outros, penso e acredito que a palavra não se prende no vácuo ou paira num ar qualquer. Acredito que a palavra exprime (ou pelo menos tenta) a nossa razão e emoção nas circunstâncias as quais passamos no cotidiano, por isso as palavras por sua vez grafadas (um sinônimo bem massa de: escritas) são um desabafo para aqueles que não tem a prática e a espontaneidade de uma comunicação verbal. Uma das razões que me fez ceder a idéia de ter um blog foi de compartilhar a diversidade de palavras que podemos expressar no final de um dia que pode ter sido tanto escroto como genial.
André B.